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terça-feira, 25 de agosto de 2009

A ASTROLOGIA e a composição do personagem

Para atingir um nível mais elevado de verossimilhança em suas obras, Sílvio Locato cria a personalidade de cada personagem com base na astrologia.
Para isso são atribuídas uma data de nascimento, hora e local para o personagem, enquadrando-se no perfil desejado e ao mesmo tempo desenvolver os demais setores da personalidade.
Primeiro vem o ser, o signo solar, o sentir - o signo lunar, e o agir ou ascendente. Dai vem a comunicação, a sexualidade e os demais setores a serem analisados, esse processo se chama Mapa Astral. Depois de pronto é analisado a fim de compor o personagem.
Depois vem a sinastria, que é a composição entre os mapas onde são analisados os níveis de compatibilidade entre os personagens, inclusive com o próprio Sílvio.
Então, essa é mais uma contribuição e inovação na arte literária. A proposta originalista busca a integração de outras artes, ciências e até de religiões para abordar o que ela tem de melhor ou "original" para enriquecer o campo artístico.
Por causa dessa fusão das artes, ciências e religiões é que surgia síntese literária nomeando todo esse processo.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os depoimentos e as confissões

Cada musa do Universo são apresentadas e conhecidas pelos seus depoimentos e confissões conforme o roteiro proposto por Sílvio.
O objetivo dessas confissões é conhecer, inicialmente, a vida íntima e sexual de cada musa. O que se quer saber ou conhecer de cada musa é:
  1. Como descobriu o sexo na infância;
  2. O que mais lhe excita;
  3. a definição como ser sexual;
  4. Se a penetração é mesmo importante;
  5. O que sentiu em uma relação sexual;
  6. Quais as fantasias sexuais;
  7. A penetração preferida;
  8. Contar uma experiência sexual;
  9. Falar sobre virgindade;
  10. Comentar sobre o estado natural, amor (fraterno), vida pastoril e nudez espontânea.
Depois vem as confissões sobre a história de sua vida para a composição da Biografia e romances relacionados ou novelas expondo cada tema ou aspecto da vida de cada musa.
As coisas do foro íntimo da musa são relatados. Os ítens mais importantes são:

  1. A primeira relação sexual ou defloração da musa. Nesse caso são as solteiras;
  2. O que pensam sobre o sexo e sobre a relação sexual;
  3. As experiências sexuais com outros homens;
  4. Analisar se vale a pena ter uma vida sexual ativa quando não se é feliz;
  5. As situações do cotidiano da mulher e a condição que a sociedade imprime em sua vida;
  6. a promiscuidade (ou prostituição), o adultério, a perversão;
  7. A experiência universal de ser mãe e o sofrimento dos filhos.
  8. A descoberta do amor verdadeiro, que abdica ao sexo.
Os depoimento seguem em narrativas comentadas por Sílvio. Eles apresentam a versão de cada personagem sobre a história.
Foi desse processo que surgiram os romances com mais de um narrador. Um conta a histórian e o outro participa comentando os fatos.
Depor e confessar é um ato que ajuda a Sílviocompor a personalidade de cada personagem, inclusive após a formulação do perfil básico, segundo a astrologia como o signo solar, o lunar e o ascendente.
Outro aspecto que cria essa intimidade com o autor são as cartas trocadas entre si com segredos e confidências. Nelas cada um contam fatos que compõe o quadro das experiências vividas entre cada um.
Numa linguagem popular e bastante acessível são descritas e narradas as cenas da vida real, tudo com muita naturalidade.

sábado, 25 de julho de 2009

A Nudez Espontânea

O Universo Originalista surgiu para Sílvio como uma experiência de todas as proibições e inibições da sua vida, um termo de liberação. Mas, a experiência única e mais importante é atingir o Estado Natural, a integração total do homem com a natureza.
A nudez espontânea é o resultado mais surpreendente quando atingido por pessoas urbanas e inibidas. Antes uma fantasia erótica, hoje tornou-se uma dos objetivos mais interessantes da proposta originalista que visa, exatamente, o retorno às origens, ao original.
Volta ao mito do bom selvagem. Mas, isso não quer dizer que só devem ser pessoas que nasceu e viveu em harmonia com a natureza que atingem o estado natural.
Não se trata de nudismo ou o naturismo, é mais uma liberdade natural que cabe a cada ser agir conforme o seu interior.
Nas obras de Sílvio é vista mais como uma liberdade de se despir na presença de outras pessoas, tomar banho ao ar livre, trocar de roupas na presença de outras pessoas, usar pouca roupa ou até nenhuma.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A VIDA PASTORIL

Mesmo que fique só na idéia, por questões financeiras, a vida no campo é a mais aconselhada por Sílvio para o resultado final do processo humano: o Estado Natural.
O ser que ama o seu próximo (irmão ou amigo) deve viver ao ar livre em integração com a natureza. Dai surge a bondade da vida no campo.
A vida bucólica, campestre, pastoril foi uma idéia muito difundida pelo Arcadismo e Sílvio retoma, pois, suas idéias buscam o estado natural do ser humano, livre da maldade e das vaidades da vida.
As musas de Sílvio ou as pastoras, como são chamadas, vivem uma experiência muito rica em conhecimento e cultura.
A principal pastora do Universo Originalista é Carla de Andrade Rivera, o modelo quase perfeito no início, mas, que evoluiu, segundo a tese de Sílvio, para o estado natural do ser humano.
O autor não escreve poesias pastoris, apesar de valorizar o campo. Tudo o que o poeta faz é incentivar, é dar sugestões. Nesse aspecto ele não nos mostra a vida como ela é, mas, como poderia ou deveria ser.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O AMOR (e as relações fraternas)

As relções movidas pelo sentimento de fraternidade ou de amor, que quando entre irmãos co-sanguíneos ou não, chamamos de "amor fraterno".
Então temos a figura do amigo/irmão ou amante/irmão. Estes vivem em harmonia e equilíbrio com a natureza e estabelecem o respeito e o desinteresse. Por isso foge-se do conceito de cenas eróticas e de paixões ou fortes desejos sexuais.
Amigos/irmãos são pessoas que se amam e se respeitam, mas isso não impede, se não for cossanguíneo, que se desejem sexualmente. Longe de ser promiscuidade ou bigamia. Essa é uma das características do que Sílvio chama de Universo Originalista.
Nas relações entre irmãos acabam-se as formalidades da vida social, tidas por conveniência. E de modo algum ocorre a invasão de privacidade, apesar de existir intimidade entre os irmãos.
A vida como irmãos é o fim de vários conflitos entre os relacionamentos, tanto amigáveis como sexuais. A intenção é acabar com a inveja, vaidade, vingança e promiscuidade.
O amor (fraternidade) é o vínculo emocional que une os amigos/irmãos em um só modelo de vida.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Paixão e a Realização do Desejo (Sexual)

A paixão segundo o Universo Originalista é um sentimento carnal de apego e desejo sexual.
Diferente do conceito de que a paixão dura três anos em média, Sílvio define que esse tipo de sentimento é uma fase que pode durar até mais de 1o anos.
O princípio da paixão é a atração física movida pelo desejo do sexo por causa da beleza ou do vigor juvenil, quando entre jovens. Pode também ser iniciada pelas afinidades um com o outro e nunca pela necessidade de complementação, de encontro espiritual. A paixão é tudo que envolve a carnalidade, o prazer dos sentidos.
Os relacionamentos passionais acontecem por apego e desejo o que pode resultar em sucessivas relações sexuais logo após a atração física acontecer e evoluir para um casamento.
O que mantém a paixão viva (ou acesa...) é a beleza, o viço, o frescor do corpo, a busca de prazer da carne. Ao passo que se perdem esses requisitos o encanto se desfaz.
Então estabelece-se a diferença entre paixão e amor. Este último é determinado pelo espírito, portanto, eterno e já outra é movida pela carne, pelos desejos do corpo e portanto, passageira.

sábado, 13 de junho de 2009

O Amor e a Natureza Intrínseca de Deus

Uma das características mais marcantes do Universo Originalista é o amor verdadeiro, que não pode ser visto como platônico, mesmo que tenha um pouco de amor-idéia, mas o verdadeiro amor não é uma idéia, é real, intrínseco, único.
Pensando desta forma Silvio Locato exclui as frases populares do amor visto como o sexo ou as relações sexuais, "fazer amor", "amar na cama", estar amando quando se relaciona sexualmente com alguém.
Assim, o que define o amor não é apaixão, nem o desejo, tampouco a atração entre os seres, mas, a essência do que esse sentimento espiritual causa em nós, a origem de quem é o próprio amor; Deus Todo-Poderoso.
Com essa temática o autor inicia uma busca. A sua obra se reflete na procura pelo amor verdadeiro. E a partir dai surge o mais interessante; o amor é incondicional, tanto pode se amarum homem como uma mulher, mesmo sendo o autor homem (e heterossexual).
No caso particular do Originalismo, Sílvio procura a sua alma gêmea (uma mulher que o ame e seja amada por ele).
A amizade é o nome que se dá às relações amorosas entre os seres. A fraternidade também trata de relações amorosas e onde há amor há uma idéia de infinito, pois, o amor (Deus) é eterno.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O Erotismo e a Literatura Obscena

Inicialmente as obras de Sílvio Locato eram marcadas pelo intenso erotismo com descrições de cenas da vida íntima e sexual das pessoas.
O Originalismo separa as poesias de amor das poesias eróticas. Todo esse conjunto de obras que usam de linguagem erótica é chamado de literatura obscena ou pornografia (porno = obsceno, grafia = texto ou literatura).

Características da Literatura Obscena

  • Erotismo;
  • Descrição das cenas do ato sexual: realismo;
  • A vida íntima das pessoas (ou personagens);
  • A prostituição, tanto comercial como por promiscuidade ou depravação;
  • A hipocrisia dos papéis;
  • As taras e os instintos (humanos ou animal em humanos);
  • Arte sexual e não amorosa;
  • A paixão, o desejo, o sexo;
  • A orgia, depravação, perversão (sexual).

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O Originalismo Pensadorista

O Pensadorismo é a forma radical do pensamento originalista. Trata das reflexões filosóficas fazendo a arrumaçõ artística do pensamento.
O pensamento é a análise do comportamento humano, resultado das reflexões filosóficas sobre o homem, a vida e o mundo.
O poema que mais atende as necessidades dessa vertente é o soneto por causa da forma fixa sintética e rigor formal. Mas, normalmente surge em versos livres ou em oitavas imitando as oitavas heróicas com versos livres, porém rimados.
Geralmente, o poema com oitavas é composto de três estrofes, sendo a primeira a introdução ou apresentação do tema, a segunda o desenvolvimento e a terceira, a conclusão. É uma alusão ao soneto, porém, o poeta comenta todas as variações sem se preocupar com a métrica.
O pensamento pode ser abordado não só como pensa o poeta, mas, o que os outros pensam, para apresentar os equívocos.
Nesse caso o autor elabora o conceito ou as várias opiniões formadas sobre aquele tema, mas que no fim ele emite aquilo que ele acredita ser o verdadeiro significado ou o conceito que é mais particular, mesmo que busque o universal.
No Canto XVI de Cantos Originais I, F. J. Hora trata da separação separação de corpos, de sentimentos entre um homem e uma mulher.


CANTO XVI
E a separação de corpos...


Quem disse que é amor
Uma namorada ou o relacionamento
Ou que é amoroso
O sexo, o desejo no envolvimento
A paixão ou um namoro
Como se fosse um só sentimento?

Separação amorosa, sexual
Ou quem sabe até passional,
Três casos que causam confusão
Representam o fim da união
Puramente física e carnal.

Sobre separar, antes não juntasse,
Pois, para mim não pode mudar
Essa mera e simples condição,
Que não se envolvam só por paixão
Mero desejo, sonho ou atração
Mas, uma vontade de completar.

O poema de três estrofes trata da separação, mas o título não apela para falar propriamente sobre o assunto, mas, comentar o assunto. Veja que o título é "e a separação...".
Na primeira estrofe temos o equívoco que leva à separação propriamente dita. O poeta fala da confusão de sentimentos, de achar que a paixão e o desejo é amor e chamar de amor a namorada ou o namorado.
Mas, afinal, qual é o equívoco que causa a separação? É justamente resumir os sentimentos de natureza carnal em um sentimento espiritual maior que é o amor.
Na segunda estrofe, o poeta diz, afinal, o que é a separação e quais os tipos de qual ele está falando. Segundo ele "é o fim da união/puramente física e carnal".
Já na terceira ele mostra a condição que a separação impõe e sugere um motivo para para a união, na tentativa de prevenir a sepraração.
Então, esse é um típico poema pensadorista, onde o pensamento está arrumado artisticamente. No final ele fala de uma vontade de completar e uma vez completo o ser, deverá permanecer assim, a fim de que não se descomplete mais. Essa interpretação abre um leque de outras formas de completar, mas o correto, originalmente, é o casamento.

Características do Pensadorismo

  • Conceitualismo;
  • Arrumação artística do pensamento;
  • Reflexões filosóficas;
  • O homem, a vida, o mundo;
  • A busca do eu;
  • Romance psicológico;
  • Romance introspectivo;
  • A condição da mulher e a hipocrisia dos papéis;
  • O passado e a riqueza cultural.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Poesia Originalista

Os temas da poesia originalista são:

  • O conceito dos sentimentos, pensamentos e cultura do povo brasileiro;
  • O cotidiano;
  • Realismo; a Negritovida como ela é; documentação da realidade;
  • Renascimento; o amor verdadeiro - a natureza intrínseca de Deus; universalismo; o modelo de vida eNegrito arte é a natureza;
  • Arcadismo; vida bucólica, campestre, pastoril; pseudônimos;
  • Barroco; conceptNegritoismo; conflito corpo X espírito;
  • Romantismo; valorização do eu; versos livres; imaginação;
  • Simbolismo; atmosfera de sonho;
  • Arrumação artística do pensamento - Pensadorismo; reflexões filosóficas;
  • Crítica à juventude que com idéias de mudanças (moda, novidades) esquecem o que de bom tem o passado;
  • A paixão sexual, o sexo, a sexualidade, a vida íntima das mulheres e das pessoas;
  • Os pensamentos, opiniões e sentimentos mais profundos e o subconsciente do ser humano - análise psicológica;
  • Valorização da virgindade, casamento e família.

A Prosa Originalista

Na prosa Originalista são vistas inovações. Sílvio traz a possibilidade de mais de um narrador. É claro, tem o principal e os comentaristas. (Veja: Menina Mulher de Sílvio Locato).

Mas, além disso, as obras procuram provar teses das chamadas leis da natureza e depois as da lei de Deus, ou seja, Sílvio mostra a vida como ela é e como deveria ser.



Leis da Natureza:


  • Vence o mais forte;

  • A fêmea procura o macho mais forte;

  • Os mais fracos acabam sendo extintos pelos mais fortes;
  • O macho espalha seu sêmem para mostrar o máximo de descendentes;
  • A fêmea depende do macho para sua segurança;
  • A fêmea é receptiva; é mãe;
  • O macho é ativo.

Estas são algumas das teses baseadas nas leis da natureza. O ser humano, apesar de superior aos animais, é tratado como fêmea e macho, pois, na maioria das vezes, não usam a razão, mas, a emoção ou o instinto (animal).

terça-feira, 9 de junho de 2009

O Estudo da Figura Feminina - A MULHER E SEUS MISTÉRIOS

Os romances e novelas contam e descrevem sobre mulheres. Seus desejos, sua vida sexual e seus comportamentos.
As relações femininas e a lei da natureza: a do macho mais forte. O marido protetor, hoje o homem, macho, do sexo masculino, potente ou ativo sexual, e a mulher, mãe e do lar, hoje independente, cheia de si e experiências sexuais.
Nesse estudo são vistos o papel da mulher na sociedade e a condição na qual se enquadra. E os tipos femininos desde a donzela à prostituta.
Sílvio Locato trata de cada mulher, ao traçar os perfis, de acordo com a visão que elas mesmas tem de si próprio, evitando assim o julgamento.
Apesar da discriminação e das situações humilhantes cada mulher sabe do valor que tem e gosta de quem lhe valoriza. No caso de Sílvio ele busca descobri e mostrar o que está no subconsciente da mulher, os instintos, principalmente os sexuais.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

As Relações Humanas e o Cotidiano - CRÔNICAS DE COSTUMES

Tanto na poesia como na prosa, o Originalismo destaca as relações humanas e o cotidiano no sentido de apresentar o comportamento humano. É a crônica de costumes.
Geralmente Sílvio escreve novelas ao invés de romances. Nas novelas ele aborda o conflito em separado, enquanto que nos romances ele define todos os pormenores relacionados com o tema em análise.
O que tem de mais profundo na literatura originalista é a intimidade das pessoas (ou personagens). As obras intituladas vida íntima são as mais comuns. Geralmente narraadas pelos seus protagonistas e comentadas pelo próprio Sílvio ou outro personagem, as obras abordam as relações humanas no sentido particular e ao mesmo tempo universal.
O cotidiano sempre cheio de aventuras ou a rotina, principalmente a da mulher. O mundo visto pela ótica feminina, o que não quer dizer que seja mais emocional do que racional. A mulher é por natureza machista, mesmo passando pela mais bela função de sua existência: ser mãe.
Crônica de costume já publicada: Menina Mulher, de Sílvio Locato.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O SEXO E O ORIGINALISMO

O sexo é um tema exclusivo para o prazer dos sentidos e não a satisfação interior, não propriamente.
Como apreciador nato da companhia das mulheres, Sílvio gosta da conversa franca e aberta e do sexo sem compromisso, não como no casamento. Mas, o sexo é só um bônus, o mais importante é a satisfação de amar (ou de contemplar a beleza).
Então trata-se de uma cortesia, de um favor da mulher se entregar para ser penetrada (para o ato sexual), pois, é natural que a mulher se entregue ao homem por causa do desejo que sente pelo corpo e pela beleza física.
Assim define-se um conceito em relação ao sexo. Todos os amigos/irmãos se amam mutuamente mas, não fazem sexo uns com os outros (homem com mulher), pois, nem sempre há desejo. Mas, Sílvio exerce uma relação de desejo com suas musas e portanto propensas ao sexo.
Apesar de preferi mulheres virgens, Sílvio dá espaço para a idéia de promiscuidade, mas, as musas demonstram só ter interesse por Sílvio, além do amor que sentem por ele.
Então, além de amantes (amigas/irmãs), as musas são parceiras sexuais.

Veja o Canto XI de Cantos Modernos I, de F. J. Hora

CANTO XI
Vamos falar de sexo...

Vi alguém dizer e digo mais
Que sexo não se fala
Sexo a gente faz,
Mas, quem não sabe o que diz
Dificilmente é feliz
Vive sem ter paz.

O sexo é simples, é normal
É apenas o que caracteriza
O ser como macho ou fêmea
É uma questão estrutural
Mas, no mundo moderno
É sinônimo de cópula carnal.

O nome dos órgãos genitais
Soam como pornografia
Num estilo que ninguém sabia
Que agiam como animais
Vorazes e cheios de si,
Humanos que eu nunca vi

O pensamento é quem retrai
A mulher que ao homem atrai
Mas, se ao contato não resiste
O sexo por si só insiste
Na carnalidade do momento,
Não envolve sentimento
Só um pouco de calor humano
Que sem amor, sem pensamento
Nos leva ao desengano.

Não é mais que a penetração
De um ser dentro do outro
Ou quem sabe a manipulação
Dos órgãos genitais, talvez,
Ou até pode ser a ostentação
Do corpo em sua nudez,
Mas, o sexo é um sucesso
Quando se fala em reprodução.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Heteronímia Original e o Universo Originalista

O escritor e poeta Sílvio Locato criou uma série de heterônimas ou musas a qual se inspira para seus romances criando o chamado Universo Originalista.
Se por um lado quer se mostrar a vida como é, muitas vezes o autor tenta mostrar como poderia ou deveria ser. Nesse caso, o Universo Originalista tem uma existência verossímil com heterônimas que narram e assumem a autoria de poesias, textos, cartas e depoimentos.
O processo de criação de heterônimos ou heterônimas (musas) passam por várias fases.
Na primeira fase o autor cria o perfil básico, a exemplo Carla de Andrade Rivera, 17/10/1972 às 15hs, sol em Libra, Lua em Aquário e Ascendente em Peixes. Isso é só o primeiro passa para a composição do mapa astral, é através dele que serão definidos os rumos que serão tomados pela musa.
A segunda fase é a preparação onde a musa faz um depoimento para confessar sua vida íntima, segredos e demais informações importantes que Sílvio precisará para conhecê-la.
Mas, até ai ela é só uma idéia, segundo o autor, o que torna de fato real a sua existência, mesmo verossímil, mas, heteronimicamente, é a união carnal com Sílvio. Porém, não ser virgem não é uma condição para ser real existente.
Então temos a criação, preparação e depois a união carnal. A musa sai da existência ideal para a existência real, é quando ela adquire vida própria. A união carnal é um acontecimento que rompe os limites do ideal com o carnal, só por isso é vista como concretizadora, mas pode a musa existir virgem e intocada.
Com vida própria cada um segue o seu destino que muitas vezes segue o processo de originalização que leva ao Estado Natural.
Assim como a heteronímia, a originalização segue orientações que passam por três fase. Não são condições de vida ou de existência para o convívio humano é apenas uma tendência das idéias em estudo.
A primeira fase é o estudo da proposta originalista, onde prega-se o amor fraterno ou o Amor Verdadeiro, único, a natureza intrínseca de Deus, ideal, que muitas vezes não é alcançada em sua totalidade por causa do materialismo.
Nesse caso as musas adotam um comportamento novo, agora são amigos e irmãos, ambos os sentimentos são amor para a amizade e a fraternidade. Um ama ao outro incondicionalmente.
Após as musas se integrarem umas as outras e aos outros movidas por sentimentos de amor (não confundir com sexo ou desejo sexual) as amigas/irmãs poderão adotar a vida pastoril, ou seja, a vida no campo em meio à natureza. Essa é a segunda fase.
Esse comportamento de amor fraterno e a vida pastoril quebram os tabus e as inibições se acabam, aumenta-se o respeito e a saúde do convívio humano.
Diz-se do Estado Natural a condição do homem totalmente integrada à natureza, não como animal, mas, o bom selvagem. E é dessa idéia visão que surge a nudez espontânea (tão natural para os índios).
A nudez não é uma condição, mas, uma consequência. E ela não aparece simplesmente em achar que é para viver nu ou nua e pronto. Como o nome já diz ela é espontânea; o amor fraterno e a vida pastoril tornam comum tomar banho nua nos rios ou ao redor de casa, trocar de roupa na presença de outrem, fazer as necessidades em locais afastados, mas, próprios, em fim, acabar com as inibições e a vergonha propriamente dita.
Tudo isso acontece para Sílvio provar que amar não é namorar, que o sexo renasce do desejo sexual e não do amor. A amizade é a manifestação do sentimento amoroso sem sexo ou do amor verdadeiro, portanto, amante é sinônimo de amigo, porque se ama.
Mas, o próprio Sílvio pousa de garanhão, pegando todas e contando suas façanhas sexuais (e amorosas). E é através desse perfil que ele critica a sociedade, pois, segundo ele, mesmo com tantas experiências sexuais não amou nenhuma delas no início, só depois que passou a vê-las como seres espirituais e não sexuais e materiais.
Então está ai um dos conceitos: SEXO= Corpo e AMOR= Espírito. Seguindo essa lógica, portanto Sílvio acha correto usar o termo comer para se referir a copular, fornicar ou ter relação sexual.
O amor platônico (puro e ideal e não amor não correspondido), como costuma-se dizer, é um ítem importante para se entender como os relacionamentos ocorrem. Sílvio propõe a clara diferenciação entre o que é amor e o que é sexo (paixão, desjo, libido).
Mas, apesar da proposta tentar chegar ao Estado Natural onde não há os pudores e as intervenções do mundo moderno, os envolvimentos sexuais acontecem. Por isso a nudez não é um pretexto para o sexo.
Geralmente o processo de pastoralização e fraternização ocorre após o envolvimento sexual entre os parceiros e amantes. Então não há segundas intenções. Quando Sílvio não tem o privilégio de deflorar uma musa e ele vive um "amor platônico" ou amar naturalmente, sem sexo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Conceitualismo

A principal entidade do Originalismo é Sílvio Locato que busca em sua arte transmitir o que pensa e vê sobre o cotidiano e a realidade á sua volta.
Emitir o verdadeiro conceito e ao mesmo tempo comentar os vários sentidos atribuídos ao tema são as preocupações desse eu-poético.
A poesia, ela se torna um ponto de integração do poeta com o leitor, enquanto que na prosa a realidade deve ser tratada tal como é com suas imperfeições e linguagens populares e de cada localidade.
O uso dos termos da fala usual e o conceito de cada situação e o universo dos personagens, com data de nascimento, signos e mapa astral caracterizam a personalidade.
Então o que o literato quer é mostrar as divergências entre o ideal e o real, entre o que é o que parece ser. Por isso a importância do conceito.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Formação do Pensamento Originalista

O pensamento Originalista nasce da necessidade de resgatar o que de original existe em cada escola literária desde a Antiguidade Clássica.
Uma das características principais é o retorno ao Renascimento em busca da qualidade intelectual da literatura camoniana.
Na poesia, o Originalismo conta com uma nova corrente de elaboração que é o Pensadorismo ou arrumação artística do pensamento ou opinião, conceito.
Geralmente são poemas de oitavas, mas podem assumir formas não fixas. O que vai importar é o teor analítico do conceito de cada coisa ou uma exposição de cada tema.
O originalismo também prega o amor verdadeiro e único, essencial, crônicas de costumes, documentação da realidade, a paixão carnal e erótica, a juventude atual, os ritmos modernos em criticas pesadas.
O uso de Sonetos, cartas e o processo de heteronímia na criação de musas e planejamento de personalidade dos personagens através do mapa astral, além de romances com mais de um narrador.
O pensamento Originalista busca a raiz, a origem, o que tem de mais rico na arte.

Teocentrismo

É muito importante para o pensamento originalista a figura do Criador. Mesmo com a visão científica da realidade, há uma idéia original sobre a criação do universo.
Seja qual for o processo, a matéia não pode surgir do nada. Alguém criou as coisas e os seres, ou seja, a natureza que o homem transforma é a fruto da criação divina.
Então, não há paganismo na arte original. As reflexões filosóficas, na corente pensadorista, analisam o homem, a vida e o mundo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pensadorismo: Arrumação Artística do Pensamento

A vertente da estética originalista que trata das reflexões filosóficas é o Pensadorismo.
A poesia pensadorista trabalha com o conceito buscando atingir a natureza intrínseca das coisas, idéias, etc. Veja um poema da Obra Pensadorista Cantos Modernos I de F. J. Hora:

CANTO V
Do amor verdadeiro

Só sabe o que é amor
O ser que ama e que padece,
Amar é para quem conhece
O que é a essência do amor
Confundido com o sexo, a paixão
Com o desejo, o prazer e a ilusão!

Amar não é namorar, já disse,
Com palavras doces e cruas
A mãe ama, o pai ama,
O irmão e até o amigo,
Homem ou mulher, animais,
Amantes e amigos são iguais
Pois, o amor é o mesmo
Só falta medir a intensidade
Porque nutridas de amor
Amamos por toda eternidade.

O bem estar do outro
A vida feliz que eu puder dar,
É disso que vive o amor
E muitos dizem só gostar
Ou com desejo pelo corpo
Dizem que estão a amar.

Se digo amo a um amigo,
Do sexo masculino ou macho
Talvez seja motivo de piada,
Comentários sórdidos, risada
Enquanto que a mulher dar um fora
Para ela não existiu nada!

E ainda, digo, como se fosse cantiga
E se amigo namorar a amiga?
Existe o verbo “se apaixonar”
E se digo “se amar”?
Ou estou apaixonado, ou amando
E se amo posso ou não namorar
Depende da paixão, do desejo
Do espírito a combinar!

Amar é querer bem e não o corpo
A nudez ou o toque físico.
E não diga fazer amor,
Nem se apaixone ou jure
Tampouco dizê-lo que é chama
Ou que “seja eterno enquanto dure”.

Diga amo porque quero o bem
Da pessoa amada, homem ou mulher
Ou que seja só da amada
Tão bela o quanto se quer
Mas, que seja tão puro e suave
Como uma fonte de fé
Mesmo que pareça irreal,
Não existe amor terreno
Carnal, erótico ou coisa assim
O amor é puro e ideal
E a solidão não é o fim.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Namoro ou Amizade?

A linguagem namoro ou amizade é coerente na diferenciação dos relacionamentos em evidência. O namoro é um relacionamento íntimo, passional, mas, que pode evoluir para um casamento. Os casamentos duradouros ou eternos são os que começam por uma amizade fértil e construtiva entre dois amigos/amantes.
A definição mais aceita é: O namoro é uma instituição de relacionamento interpessoal não moderna, que tem como função a experimentação sentimental e/ou sexual entre duas pessoas através da troca de conhecimentos e uma vivência com um grau de comprometimento inferior à do matrimônio. A grande maioria utiliza o namoro como pré-condição para o estabelecimento de um noivado ou casamento, definido este último ato antropologicamente como um o vínculo estabelecido entre duas pessoas mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social[1].
Com a evolução da
tecnologia, já é comum encontrar casos de pessoas cujo namoro se dá através das modernas formas de telecomunicação, como o telefone ou a internet. Assim, sendo, casais podem namorar apesar de estarem em estados ,países ou continentes
distintos. (Fonte: Wikipédia).
Não obstante as definições estabelecidas, o Originalismo, enquanto proposta literária, trata do conceito original ou intrínseco, até mesmo ideal, de cada tema.
O namoro é uma forma de experimentação sentimental entre duas pessoas, inferior ao casamento. Hoje, é comum e para muitos indispensável, a experimentação sexual. Esse segundo comportamento é o que podemos chamar de namoro moderno ou "Pegação".
Portanto, pode sim perguntar: "é namoro ou amizde?". Eu te amo, mas não quero te namorar. Então não é namoro (experimentação sentimental), é amizade (relacionamento amoroso). Amar é querer bem e agir em prol. Os namorados agem assim? As respostas virão com o tempo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Relacionamento amoroso ou a Amizade

Pensar o amor, hoje, tem sido motivo de confusão e idéias ilusórias. Primeiro, a visão do amor como uma manifestação da carnalidade é um equívoco, segundo, a paixão é o sentimento que une os corpos, enquanto que o amor une os espíritos.
São sinônimos, no mundo moderno, amor e sexo, mas, o Amor é a Natureza Intrínseca de Deus e não uma atraçao natural entre dois seres. Além disso, não há o egoísmo de se amar a uma só pessoa. Essa idéia nasce da ilusão de que ser fiel é amar a uma só pessoa.
Quando duas pessoas que se amam se casam, elas estabelecem um compromisso. O adultério é a infidelidade conjugal e não a amizde (manifestação do amor) a outras pessoas.
O amor se manifesta através da amizade e não do contato sexual. O casamento é a caminho para unir amor e sexo, pois, criará a família.
A linguagem traz termos que distorcem o nosso conceito sobre o amor, que é a natureza intrínseca de Deus e portanto eterno. Frases como: "fazer amor", "que seja eterno enquanto dure", "Eu te amo (vamos transar)", etc. não devem fazer parte da nossa fala usual. A amizade é o relacionamento fraterno.
O ser amado é o amigo, enquanto amante é o ser que ama. E amor platônico é um desejo reprimido e não uma forma de amar, apesar de ser um estado de espírito onde o corpo abdica aos prazeres carnais, ou seja, a condição perfeita para manifestar o amor puro.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Originalismo

Quando comecei a escrever pensei: qual o sentido da minha arte? A intenção foi a de criar uma arte voltada para o resgate da cultura original. Dai comecei a escrever a síntese literária que traz o Originalismo como a arte do século XXI.
O escritor Sílvio Locato é a grande expressão e o difusor do movimento originalista. Trata-se também de uma proposta literária que tenta resgastar e renovar o conceito de arte, principalmente a literária.I- O processo se baseia na Síntese Literária, onde são definidas as direções que a arte pretende seguir, inclusive que perfil o artista adotará.II- Racionalismo, universalismo, reflexões filosóficas, idealismo reformador, o modelo de vida e arte é a natureza, Teocentrismo, arrumação artística do pensamento, retorno ao Renascimento são algumas características da nova proposta com base no estilo de Sílvio Locato.III- A crônica de costumes, analisando o comportamento, a personalidade e até a intimidade das pessoas, na tentativa de definir o que realmente significa o homem, a vida e o mundo, e como reconhecem a Deus, o Amor e a Esperança;IV- A juventude atual, sexo e drogas, escola, educação, respeito, preconceito, discriminação. Os rumos que o mundo está seguindo devido à essas questões;V- O real conceito do amor.

SONETO

Meu coração triste derrama o pranto
E repito sem mágoa meu lamento
Não do corpo, mas do seu pensamento
Que do meu sonho já não chega a tanto

Não quero você chorando no canto
Não te desprezo, mas não fico atento
Com a sua tristeza em cada momento
Da sua vida resumida em pranto

E veja a dor colocada no peito
Que de modo triste viestes pesada
Nas palavras que ficaram sem jeito

Mas, de todo modo és minha amada
E só tens por mim o único defeito:
O de não entender a lição dada.

SONETO

Por ser muito rígido no conceito
Entrego o domínio à natureza
Porque para mim não existe beleza
Onde reina um espírito imperfeito

O dever da mulher para o direito
De ser honrada e manter a certeza
Do seu merecimento de nobreza
Simbolizando o amor e o respeito

E essa dama pudica e reservada
Talvez desperte em mim grande paixão
Só porque da minha alma é desejada

Mas, se tudo o que quero é a união
Não me prenderei à sede dilatada
Em prazerosas noites de ilusão.

Trechos do Poema "Diário Estudantil" de F.J.Hora

(...)"As pessoas ao meu redor
Incrédulas, mas com ilusão
De ver que o meu mundo
Era amplo, cheio de sensação
E quanto mais eu observava
Aqueles aprendizes sem profissão
Mais e mais eu ganhava
Um lugar em seu coração.

Alguns eram conformados
Outros sem perceber a realidade
Influenciados pelos vínculos
E veículos padronizados
Fazendo do seu mundo
Um país de atormentados.

Eu, um estranho por ali
Entre os jovens em revolução
Os mestres disfarçados
Sem projetos em construção
Monótonos e sem precaução
Aderindo a valores aprendizes
Do seu fracasso em transformação".(...)

Poema escrito por ocasião da festa dos 30 anos do Colégio Emiliano (Japaratuba) realizada no dia 14/07/2000.